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Macaulay Culkin: o ator infantil mais bem sucedido de sempre cresceu

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Macaulay Culkin: o ator infantil mais bem sucedido de sempre cresceu

by Eduardo Aranha

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Todos conhecemos Macaulay Culkin. Em criança tornou-se famoso por dar vida ao famoso Kevin McCallister. Na altura do Natal, todos os anos, podemos esperar que o seu rosto – eternizado no pequeno rapaz que protagoniza a saga Sozinho em Casa – volte a aparecer na nossa televisão.

No entanto, como muitos sabem, a criança que parecia ter um futuro promissor à sua frente enveredou para um caminho que, infelizmente, acaba por ser comum a artistas jovens de Hollywood: mau comportamento, rebeldia e drogas. Pelo menos, foi este o retrato que a imprensa pintou do ator. Mas será que tal retrato corresponde totalmente à realidade?

Com 36 anos celebrados em 2016, Macaulay Culkin falou recentemente com o jornal The Guardian sobre estes seus últimos anos atribulados. Numa conversa que contou não só com a presença do ator e entrevistador, mas também da equipa de comunicação de Culkin, o ator partilhou alguns detalhes sobre a sua vida adulta e esclareceu alguns dos rumores que foram fabricados pela imprensa.

Quem é Macaulay Culkin?

Esta é uma pergunta pertinente para algumas pessoas. Afinal de contas, onde tem estado o ator? A verdade é que não o temos visto, pelo menos enquanto adulto, no ecrã. Se olharmos para o currículo de Macaulay Culkin constatamos que o seu trabalho mais recente foi um anúncio para a empresa Compare The Market: um site britânico que funciona nos mesmos moldes que o KuantoKusta em Portugal.

A nível de cinema ou televisão os últimos trabalhos passam pela série The Jim Gaffigan Show, onde entrou em 8 episódios como personagem secundária e ainda o Adam Green’s Aladdin, filme onde desempenha igualmente um papel secundário.

Em relação ao anúncio televisivo o ator admitiu que a experiência “foi divertida”, mas que falta algo: paixão. “A maior cena sou eu, sentado num banco, a comer gelado”, disse ele. O anúncio acaba por ser uma metáfora importante na conversa, já que “não é necessariamente” uma forma de financiar novas aventuras.

“As pessoas sentem que têm de estar sempre em movimento ou afogam-se”, explicou. “Nunca tive problemas em dizer que não tenho nada planeado”. Macaulay Culkin vai ainda mais longe: “se eu soubesse o que queria fazer, escrevia-o eu”.

Apesar de esta ser uma entrevista planeada para falar do regresso de Macaulay Culkin ao show business, o entrevistar não conseguiu evitar fazer algumas perguntas que exploram melhor o lado mais negro da vida do ator. Uma das perguntas diz mesmo respeito à relação de Michael Jackson e Macaulay Culkin, um ponto que foi especialmente debatido pela imprensa e alimentado pelos paparazzi.

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Para quem não, ou já não se lembra, há dez anos Macaulay Culkin serviu como testemunha no julgamento de Michael Jackson, quando o artista foi julgado sobre abusos de menores. No tribunal, o ator reconheceu que, em criança, partilhou a cama com o cantor, mas que Jackson nunca o molestou. “Penso que me aperceberia se alguma coisa desse género acontecesse”, disse em declarações na altura do julgamento.

Dez anos passados desde o julgamento, o tema continua ser delicado para a equipa que acompanha o ator, mas não para o próprio. Como fez notar o jornalista do The Guardian,  Macaulay Culkin estava preparado para responder à pergunta livremente, tendo mesmo começado a dizer “Não é que seja um assunto doloroso”, disse. Mas aqui foi interrompido por uma assessora, que insistiu que não deviam falar daquele assunto.

E o jornalista não insistiu. A conversa enveredou então para o Macaulay Culkin de hoje. “Os paparazzi vêm atrás de mim porque eu não me exibo”, afirmou o ator. Há 10 anos, depois de alguns escândalos terem rebentando na imprensa, Culkin decidiu adotar uma estratégia muito rígida: recusar entrevistas a qualquer órgão de comunicação social. Para fugir às câmaras deixou Nova Iorque e os Estados Unidos e mudou-se para o outro lado do Oceano Atlântico, instalando-se em Paris.

Este não é um percurso fácil, especialmente se tivermos em conta que Culkin foi o ator infantil mais bem sucedido de sempre. Além de Sozinho em Casa participou no filme My Girl e Richie Rich – ambos direcionados a um público mais jovem – e ainda em The Good Son, um filme mais pesado e psicológico.

Por volta dos 14 anos, quando os seus pais se divorciam e lutam pela fortuna do filho, Culkin passa a ter a sua vida publicada e analisada na imprensa e decide emancipar-se. As suspeitas de consumo de drogas abateram-se sobre Culkin na altura em que se separou da atriz Mila Kunis, em 2011. “Chateou-me que os tablóides tenham envolvido tudo numa espécie de disfarce de preocupação”, explicou na entrevista, garantindo que não andou a tomar heroína.

Estes rumores não fundamentados ganharam maiores proporções em 2012 quando muitos jornais publicaram fotografias do ator com um aspeto magro e doente, justificando que tal se devia ao consumo de heroína. O público pareceu aceitar esta notícia como plausível, já que o ator tinha sido detido anteriormente na posse de marijuana.

Entretanto, mesmo que só agora se comece a aproximar de novo dos ecrãs, Macaulay Culkin formou a banda The Pizza Underground, que toca músicas dos Velvet Underground substituindo muitas das palavras por “slice” e “cheese”. Uma banda com uma direção muito peculiar.

“É uma daquelas boas ideias que tens quando estás bêbado, acordas e não te lembras. Mas estamos a levar a piada até ao fim. Temos um álbum para sair, um vinil com um coro de crianças, uma orquestra sinfónica. E estamos a oferecê-lo, é o nosso presente para o mundo”, disse Macaulay Culkin.

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