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Paul Newman: está a ser recuperado o filme perdido de 1962

Paul Newman

Paul Newman: está a ser recuperado o filme perdido de 1962

by Eduardo Aranha

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Em 1962 o ator e realizador norte-americano Paul Newman participou num filme que se focava num tema controverso que ainda hoje continua pertinente: os danos causados pelo tabaco. Ainda que tivesse um carácter experimental, este filme nunca chegou a ver a luz do dia e, após anos perdido, chegou mesmo a ser esquecido. No entanto, em pleno ano de 2016, o filme de Paul Newman foi reencontrado em Nova Iorque.

A notícia foi avançada pelo site Foward que informa que o filme com o título On the Harmfulness of Tobacco está a ser restaurado para futura exibição em 2017. Com uma vasta filmografia enquanto ator, este era apontado como o único trabalho de Paul Newman não conhecido do público e descrito até por Lionel Godfrey, um dos seus biógrafos, como o único filme do ator que o autor nunca tinha visto.

A história deste filme remonta a 1959 quando o escritor russo Anton Chekhov compôs um monólogo musical com a temática dos danos do tabaco, transformado em musical pelo ator Michael Strong, que assumia também o papel de protagonista. O musical serviu de inspiração para a curta-metragem de Newman, que tentou o seu melhor para convencer Michael Strong a fazer a sua própria versão e acabou por o conseguir.

Ainda que Strong fosse um ator muito menos conhecido do que Newman, a verdade é que foi ele a estrela do filme. A gravação durou apenas cinco dias e teve lugar em Nova Iorque, no Teatro de Arte Yiddish.

Como afirma a Forward, o filme, embora tenha resultado bem, nunca chegou a ser distribuído. A única tentativa de apresenta-la ao público foi nos Óscares de 1962, mas tal acabou por não acontecer. Desde essa data poucas foram as pessoas que tiveram acesso à película perdida de Paul Newman. Com uma duração de 25 minutos e 30 segundos, o filme será exibido em 2017 pela TMC.

 

Como foi encontrado o filme de Paul Newman?

A película foi encontrada através de um homem ucraniano de 86 anos, Jack Garfein, antigo diretor de cinema e sobrevivente do campo nazi de Auschwitz na Segunda Guerra Mundial. O homem, que tinha chegado aos Estados Unidos da América com 15 anos, acabou por surpreender o mundo quando revelou que tinha, em sua casa, a única cópia de um filme que tinha sido abandonado por Paul Newman.

Os biógrafos peritos no percurso de Newman afirmam que uma das razões para o filme ter sido abandonado pode ter sido o facto de o resultado não ter agradado a Newman que, assim, tirou o seu nome da realização do projeto.

Mas outros defendem, como é o caso do homem de 86 anos que tinha o filme em sua casa, que a única razão pela qual a curta-metragem não se tornou pública foi porque Newman não encontrou nenhuma distribuidora que assegurasse a distribuição do filme ao público. Quando Newman morreu terá pedido aos seus filhos que o filme ficasse com Garfein, que era seu amigo e com quem trabalhara no “Actors Studio”. Agora, passados 57 anos sem ver a luz do dia, ressurge a oportunidade do filme perdido de Newman ser apresentado a público.

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