Há já alguns meses que estava marcada a estreia para o documentário biográfico sobre a vida de Cristiano Ronaldo. Craque do futebol, capitão da seleção nacional portuguesa e um dos maiores trunfos do Real Madrid, o madeirense que deixou a ilha para ir viver para Lisboa e integrar na equipa de júniores do Sporting tornou-se um ícone do futebol português (e até mesmo um ícone no Facebook). Até hoje, foi premiado com 3 Bolas de Ouro, é considerado um dos melhores atletas do mundo e, pela primeira vez, partilha o lado mais intimista da sua vida através de um documentário.
A estreia do documentário aconteceu no dia 9 de novembro de 2015, em Leicester Square, Londres. A cerimónia, antes da exibição do filme, reuniu Cristiano Ronaldo e a sua família, assim como a imprensa e personalidades distintas do futebol, como o próprio José Mourinho. Às 19 horas, em simultâneo com mais de 300 salas de cinema por todo o mundo – das quais cerca de 25 eram portuguesas – foi então transmitido o mesmo documentário. Uma sessão única para o filme inédito.
Não foi ao cinema ver o filme Ronaldo? Não se preocupe. O mesmo documentário sobre a vida do futebolista chegou às lojas no mesmo dia, nos formatos e .
O documentário estende-se por mais de 100 minutos que fazem o seu melhor para retratar a história desportiva e pessoal do futebolista. Mas se está à espera de encontrar sobretudo imagens de jogos emblemáticos que consagraram Cristiano Ronaldo na história do futebol, fique então a saber que são poucas as filmagens deste cariz. Com a realização de Anthony Wonke, a película dá enfoque ao Cristiano Ronaldo que existe para além do 7 na camisola que veste.
mostra cenas da vida privada do atleta, assim como entrevistas àqueles que lhe são mais próximos. Um dos momentos mais tocantes do filme é, talvez, o de Dolores Aveiro, mãe do atleta, que de forma emocionada relata o dia em que mandou o filho mais novo, com então 12 anos, para Lisboa, para aí ter uma oportunidade de construir uma vida melhor que a sua. Este instinto maternal, onde tudo terá começado, provou estar mais do que certo.
A figura paterna, Dinis Aveiro – falecido em 2005, na sequência de problemas de saúde relacionados com alcoolismo – constitui também um capítulo importante do filme. Através de relatos e fotografias da infância de Cristiano Ronaldo, é descrita a relação entre pai e filho e usada de forma tocante para descrever o lado paternal (e recente) do próprio Cristiano Ronaldo.
O lado mais pessoal – que os jornais e revistas nos têm mostrado de Cristiano Ronaldo – é também matéria presente no : as namoradas, as festas polémicas, os carros e as casas de luxo. E, claro está, não fica de fora a rivalidade com Lionel Messi – que tem inclusive o seu próprio documentário – e que merece também alguma atenção do futebolista.
“As pessoas que me conhecem não se vão surpreender.” Disse Cristiano Ronaldo, em conferência de imprensa. “Eu sou assim, não mudo consoante as pessoas, o ambiente, com câmaras ou sem câmaras”.
Este é um para os fãs e para aqueles que nunca simpatizaram consigo. As pessoas “vão ter oportunidade de ver realmente que, para alcançar alguma coisa grande, tem de haver sacrifício e ajudas, obviamente, tem de ter uma família boa e amigos especiais”, acrescentou Ronaldo.
“É isso que praticamente vão ver no filme, a minha conexão com a família, com os amigos, com o meu filho, e os momentos que eu vivo na vida, intensos, fora do futebol e dentro do futebol também”, resumiu.
Para os mais curiosos, respondemos já a uma pergunta feita por muitos fãs: Cristiano Ronaldo dá resposta ao seu segredo mais íntimo? Não, não dá. A identidade da mãe de Cristiano Júnior – que é totalmente desconhecida e debatida por todo o mundo – é um mistério que o jogador de futebol continua a manter em privado. No entanto, garante que, um dia, tal segredo será revelado ao filho. Ao público, no entanto, não há sequer a promessa de que tal revelação venha a ser feita.
Veja o trailer oficial aqui:
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Anthony Wonke não é um nome estranho no mundo do cinema documental. Galardoado com inúmeros prémios cinematográficos, entre os quais um BAFTA, aceitou de bom grado o desafio de retratar a vida de Cristiano Ronaldo. Mas este não seria um desafio fácil ou sequer de rápida conclusão. As rotinas constantes de Cristiano Ronaldo ditaram o ritmo das filmagens.
As gravações de demoraram mais de 14 meses. Neste período de tempo, as câmaras de Wonke e da sua equipa tiveram acesso à vida privada do futebolista, a oportunidade para privar com a sua família, amigos e até mesmo com a ex-namorada, Irina Shayk. De Londres as câmaras foram para a Madeira e da Madeira para Lisboa e, eventualmente, Madrid, passando por cada um dos pontos que fez de Cristiano Ronaldo o homem que é hoje.
O processo de edição não foi também simples. Confrontados com dezenas de horas de filmagens e imagens de arquivo, a equipa de Anthony Wonke deixou de fora parte da vida do futebolista. Um dos cortes mais notáveis, que os fãs poderão notar com facilidade, é a exclusão de imagens com a antiga namorada Irina Shayk, cuja relação terminou em janeiro de 2015.
A produção executiva do filme esteve a encargo de Paul Martin, James Gay-Rees e Asif Kapadia, tendo este último vencido dois prémios BAFTA. Um deles, pelo filme The Warrior, em 2003; e um segundo, em 2010, pelo documentário Senna sobre o brasileiro Ayrton Senna, conhecido condutor de carros de corrida. Mais recentemente, Kapadia foi ainda elogiado pela forma brilhante como capturou a vida da artista britânica Amy Winehouse, no documentário Amy.