Angelina Jolie: de Lara Croft a embaixadora de refugiados
Estamos no dia 4 de junho de 1975, em plena Los Angeles, na Califórnia, quando nasce Angelina Jolie. Esta criança, filha do ator Jon Voight e da atriz Marcheline Bertrand, decidiu seguir as pisadas dos pais quando era ainda muito pequena. Além de ter estudado representação na New York University, já tinha antes passado pelo Lee Strasberg Theater Institute durante a adolescência.
É por isso que nos anos 90, década em que fez 20 anos, está preparada para alcançar a fama. Logo em 1998, a sua participação no filme televisivo Gia – que contava a história trágica da modelo Gie Marie Carangi – Angelina Jolie consegue o seu primeiro globo de ouro pela sua brilhante interpretação. Tinha então 23 anos e esse era apenas o início.
O primeiro Óscar chegou no ano seguinte, com o filme Girl, Interrupted, que lhe garante o Óscar de Melhor Atriz em Papel Secundário. Segue-se então uma fase em que decide experimentar uma série de papéis diferentes que a expõe como a versátil atriz que é. Quem não se lembra, por exemplo, da interpretação de Angelina Jolie como Lara Croft nos filmes de 2001 e 2003? Ou ainda como a assassina sedutora em Mr. and Mrs. Smith, que protagonizou com Brad Pitt, o seu futuro marido? Ou até mesmo do seu papel fantástico como uma mãe monstruosa e vingativa no filme Beowulf?
Angelina Jolie: os trabalhos que marcam a sua carreira
Estes papéis, apesar de parecerem menos convencionais para a atriz de que estamos a falar e que bem conhecemos de filmes mais sérios, ajudaram-na a confirmar a sua posição em Hollywood. Em 2007, começa então a aceitar papéis mais sérios e dramáticos, começando longo por interpretar Mariane Pearl no filme A Mighty Heart, onde dá vida a uma mulher que procura o seu marido desaparecido no Paquistão.
Após dar a voz para o filme de animação e comédia Kung Fu Panda e de protagonizar uma assassina no filme Wanted, Angelina Jolie decide colaborador com o realizador Clint Eastwood no thriller A Troca. Nesta longa metragem, que valeu a Jolie a sua primeira nomeação como Melhor Atriz em Papel Principal, interpreta uma mãe cujo filho desaparece e é substituído por outro.
Entre a sua cinematogragia apontamos ainda o filme de acção Salt, de 2010, sobre uma agente do CIA que foge depois de ter sido acusada de ser uma espia russa e ainda o filme O Turista, protagonizado com Johnny Depp. Por fim, em 2014, o filme da Disney onde dá vida a uma das vilãs mais conhecidas das histórias de encantar: Maleficient, a bruxa do filme de animação a Bela Adormecida.
Apesar de, desde então, Jolie não ser uma presença tão regular no cinema enquanto atriz, a sua presença permanece mas sob a forma de realizadora e produtora. Em 2011 estreou-se no universo da realização com o filme Land of Blood and Honey, que se debruça sobre uma relação amorosa danificada pela Guerra da Bósnia e ainda o filme Unbroken, em 2014, uma biografia que conta a história de um sobrevivente num campo de concentração japonês.
Entretanto, Angelina Jolie tem apoiado uma série de causas humanitárias, principalmente no que toca ao apoio de refugiados no Cambodja, Darfur e Jordânia.
Brangelina, uma grande família e a masectomia
Uma biografia a Angelina Jolie não ficaria completa sem alguns dados acerca da sua vida pessoal. Bem conhecida dos paparazzi pelos seus romances fora do ecrã, Jolie casou três vezes. Atualmente, está divorciada de Brad Pitt, com quem trocou alianças numa cerimónia privada e muito discreta em 2012.
O casal Jolie/Pitt causou frequentemente sensação dentro e fora de Hollywod, conseguindo capas de jornais e revistas cor-de-rosa. O casal foi, até à data, pai de 6 crianças: Maddox, um rapaz adotado por Jolie no Cambodja; Zahara, também adotada; Siloh, a primeira filha do casal e nascida na Namibia; Pax Thien, um rapaz adotado num orfanato do Vietname; e os gémeos Knox leon e Vivienne Marcheline, nascidos em julho de 2008.
Em 2007, um evento traumático na vida de Jolie fê-la considerar opções de saúde que mais tarde geraram alguma polémica: a mãe morreu, vítima de cancro nos ovários. Uma vez que este era um problema hereditário, já que a avó de Jolie tinha falecido pelo mesmo problema, Angelina Jolie decidiu, em 2013, fazer uma dupla masectomia para retirar todo o peito e prevenir a doença cancerígena. Em 2015, em declarações à imprensa, revelou ainda ter removido os ovários para diminuir o risco da doença.