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Amazon Studios: um ano de muitos filmes e de alguns Óscares

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Amazon Studios: um ano de muitos filmes e de alguns Óscares

by Eduardo Aranha

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No início de 2015, quando o streaming era já forte nos Estados Unidos – a Netflix já estava bem instalada no mercado –  e se começava a alastrar pela Europa, a Amazon avançou com uma grande novidade: depois do sucesso tremendo da sua primeira série original, produzida pelos Amazon Studios, a multinacional líder em e-commerce estava decidida a dar um passo em frente para a produção de filmes, esperando acompanhar a produção de conteúdos originais do Netflix.

De acordo com o comunicado emitido pelos estúdios da Amazon, a ideia passava  por adquirir e produzir ideias originais de filmes para serem distribuídos pela Amazon Prime Instant Video. Assim que a notícia foi anunciada no dia 19 de janeiro de 2015, o mundo mostrou-se ansioso para perceber como é que tal sistema resultaria e se os conteúdos produzidos pelos Amazon Studios seriam dignos de ir ao cinema ou pelo menos de subscrever o seu serviço de streaming.

O plano anunciado pela Amazon, em 2015, passava por produzir cerca de 12 filmes por ano, projetos de estilo indie com orçamentos que variassem entre os 5 milhões de dólares e os 25 milhões por título. A partir do momento em que ficassem finalizados, os filmes passariam a integrar o catálogo da Amazon Prime Instant Video – o serviço de streaming da Amazon – cerca de quatro a oito semanas após chegarem aos cinemas.

Mais de dois anos passados desde o anúncio da Amazon, quisemos perceber de que forma os planos da gigante do e-commerce resultaram. De forma geral, constatamos que até à data em que este artigo foi escrito tinham sido lançados com sucesso 16 filmes originais da Amazon.

O primeiro título a chegar ao cinema foi Chi-Raq, com estreia marcada a 4 de novembro de 2015. Tratando-se de um filme musical, que mistura sátira com drama, o filme foi muito bem recebido e considerado um sucesso para o lançamento desta nova faceta da Amazon. Em 2015 não foi lançado nenhum outro título, ainda que muitos planos estivessem feitos para o ano seguinte.

O ano de 2016 começou em grande quando, no dia 14 de março, estreia Creative Control. Este era o segundo filme da Amazon Studios e o primeiro de treze a estrear em 2016. Recordando que a Amazon tinha anunciado a sua intenção de produzir 12 filmes por ano, podemos já por aqui ver que a meta não foi só concluída, como também ultrapassada. Até ao final do ano, foi lançado pelo menos um filme por mês, mantendo assim o ritmo produtivo dos estúdios. Fica a lista de todos os filmes lançados:

  • Chi-Raq – 4 de novembro de 2015
  • Creative Control – 14 de março de 2016
  • Elvis & Nixon – 22 de abril de 2016
  • Love & Friendship – 13 de maio de 2016
  • The Neon Demon – 24 de junho de 2016
  • Wiener-Dog – 24 de junho de 2016
  •  Café Society – 15 de julho de 2016
  •  Gleason – 29 de julho de 2016
  • Complete Unknown – 26 de agosto de 2016
  • Author: The JT LeRoy Story – 9 de setembr de 2016
  • The Dressmaker – 23 de setembro de 2016
  • An American Girl Story – Melody 1963: Love Has to Win – 21 de outubro de 2016
  • The Handmaiden – 21 de outubro de 2016
  • Gimme Danger – 28 de outubro de 2016
  • Manchester by the Sea – 18 de novembro de 2016
  • Paterson – 28 de dezembro de 2016
  • The Salesman  – 27 de janeiro de 2017
  • I Am Not Your Negro – 3 de fevereiro de 2017

Entre os títulos lançados é importante realçar alguns deles, como é o caso de Elvis & Nixon – um filme que conta com a participação de Kevin Spacey, que veste a pele do Presidente Nixon, num encontro com o mítico cantor de rock Elvis Presley (vivido por Michael Shannon). O filme, que recebeu críticas razoavelmente positivas, foi a primeira produção de luxo que  a que o público assistiu: quer por se tratar de um filme histórico, quer pelo elenco que trouxe.

 

Em julho, foi a vez de estrear o filme Café Society – realizado por Woody Allen – que entre outros  contou com a participação de atores como Steve Carrell, Jeannie Berlin, Jess Eisenberg, Kristen Stewart, entre outros. Produzido em parceria com o Lionsgate, o filme rendeu cerca de 43 milhões de dólares e críticas positivas.

Ainda assim, a grande vitória dos Amazon Studios até agora é o filme Manchester by the Sea. O filme, que contou com a interpretação de Casey Affleck no papel principal, valeu aos estúdios os seus primeiros dois Óscares num filme de ficção: um Óscar em melhor argumento original e outro por melhor ator em papel principal. Além das categorias que venceram, o filme esteve nomeado para 4 outras categorias, incluindo Melhor Filme.

Um outro vencedor da noite dos Óscares foi o filme The Salesman, que venceu na categoria de Melhor filme de língua estrangeira, um filme iraniano produzido pela Amazon que conta a história de uma relação que azeda após os protagonistas interpretarem a peça de teatro Death of a Salesman, de Arthur Miller.

Este é o balanço do trabalho de um ano da Amazon Studios. Nos próximos meses temos a certeza de que novos filmes nos serão apresentados pelos estúdios da Amazon e que a probabilidade de brilhar novamente na noite dos Óscares será muito alta.

 

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