Festa do Cinema Português na China representada com 28 filmes
No âmbito do ano do cinema e do audiovisual o ICA (Instituto do Cinema e do Audiovisual), a Academia Portuguesa de Cinema e a Cinemateca Portuguesa organiza a Festa do Cinema Português na China, entre 9 e 30 de outubro, em Pequim e em Changsha (China), onde 28 filmes portugueses exibem a qualidade do cinema nacional.
A cerimónia oficial de abertura deste Festival aconteceu a 9 de outubro, na Cinemateca Chinesa, em Pequim, na presença do Primeiro-Ministro, António Costa, e do Ministro da Cultura, Luís Castro Mendes. Na altura, foi exibido o filme “Cartas da Guerra” de Ivo Ferreira, recentemente escolhido para representar Portugal nos Óscares (EUA) e nos Goya (Espanha) de 2017.
Durante os restantes dias foram exibidos filmes do cinema contemporâneo como “Os Gatos Não Têm Vertigens” de António Pedro Vasconcelos, “Até Amanhã Camaradas” de Joaquim Leitão, “Os Maias” de João Botelho e “A última vez que vi Macau” de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata, entre outros.
Festa do Cinema Português celebra filmes clássicos
Paralelamente iniciou-se um ciclo dedicado aos filmes clássicos, com longas-metragens como “Maria do Mar” (1930) de Leitão de Barros, “Canção de Lisboa” (1933) de Cottinelli Telmo, “Fado – História de uma Cantadeira” (1947) de Perdigão Queiroga, “Verdes Anos” (1963) de Paulo Rocha, “À flor do mar” (1986) de João César Monteiro e “O Sangue” (1989) de Pedro Costa.
O realizador Manoel de Oliveira merecerá também destaque com a exibição de algumas das suas obras mais representativas, designadamente “Aniki Bóbó”, “Singularidades de Uma Rapariga Loura”, “Douro Faina Fluvial” e “Francisca”.
No dia 10 de outubro, o Festival estendeu-se a Changsha, abrindo com o “Pátio das Cantigas” do realizador Leonel Vieira, sendo posteriormente complementado com mais cinco longas metragens, entre as quais “Yvone Kane” de Margarida Cardoso e “Vale Abraão” de Manoel de Oliveira.
Para além dos quase 30 filmes clássicos e contemporâneos os promotores do Festival organizaram encontros entre produtores portugueses e chineses, assim como Masterclasses para alunos locais que frequentam mestrados em cinema.
Com esta iniciativa a Academia Portuguesa de Cinema reforçou mais uma vez uma das suas principais missões que é internacionalizar o cinema português, além de “aproximar o cinema português do grande público e promover o cinema nacional no mundo.”