Conheça os filmes premiados do 25º Curtas Vila do Conde
Se acompanha o nosso blogue já sabe que o Curtas Vila do Conde – Festival Internacional de Cinema tem lugar, anualmente, em julho, na cidade de Vila do Conde, desde 1992. O Curtas é um festival de referência internacional que destaca o cinema de curta metragem.
Já perdi a conta ao número de edições do Festival a que assisti, sempre com muito gosto. Para além da qualidade a que o Festival nos habituou, o Curtas providencia ainda um espaço de convívio e troca de ideias acerca do Cinema.
Este ano o grande prémio do certame foi entregue a um filme português: FARPÕES BALDIOS de Marta Mateus.
Descubra o Palmarés completo da 25ª edição do Curtas Vila do Conde
O júri – composto por Pela Del Alámo (CurtoCircuito – Festival Internacional de Cine), António Preto (programador de cinema), Nicole Brenez (docente e investigadora de Estudos de Cinema na Universidade de Paris 3 – Sorbonne Nouvelle), Dennis Lim (Film Society of Lincoln Center) e Georges Schoucair (produtor de cinema) – considerou o filme FARPÕES BALDIOS de Marta Mateus: “uma obra tão luminosa quanto exigente” que “revivifica uma linhagem de obras onde a infância desbloqueia os sofrimentos, os erros e a virtualidades do passado, tradição que devemos, entre outros, a Manoel de Oliveira, a António Reis e Margarida Cordeiro, a Teresa Villaverde”. A curta-metragem venceu o Grande Prémio DCN Beers da Competição Internacional (à qual concorrem também os filmes da Competição Nacional).
Na mesma competição, MY BURDEN de Niki Lindroth von Bahr foi o vencedor do prémio para Melhor Animação; O PEIXE do brasileiro Jonathas de Andrade foi considerado o Melhor Documentário e LES ÎLES de Yann Gonzalez foi premiado com o troféu para Melhor Ficção. O Prémio do Público Niepoort foi atribuído pelos espetadores a RETOUCH do iraniano Kaveh Mazaheri.
A espanhola Laura Ferrés venceu o Prémio de Melhor Curta-Metragem Europeia com LOS DESHEREDADOS. O filme ficou, assim, nomeado para os European Film Awards da European Film Academy.
Na Competição Nacional, que contou com 16 filmes portugueses a concurso, o vencedor do Prémio BPI e Pixel Bunker foi OÙ EN ÊTES-VOUS, JOÃO PEDRO RODRIGUES?, de João Pedro Rodrigues, um filme que, segundo o júri, é “capaz de fazer explodir tudo, e o mais depressa possível”, debatendo-se com o auto-retrato da humanidade por ela própria, empreendimento geral que é o cinema, ao mesmo tempo que desloca os princípios da autobiografia.”
Gabriel Abrantes venceu, pelo segundo ano consecutivo, o Prémio Blit para Melhor Realizador Português, desta vez com OS HUMORES ARTIFICIAIS. Nas palavras do júri, o prémio foi atribuído ao realizador “pela sua fantasia romântico-tecnológica, por ter inventado o primeiro robot multigénero, por ironizar energicamente um mundo onde não queremos viver”.
O Prémio do Público SPA, destinado ao melhor filme português com melhor média de votação atribuída pelo público, foi atribuído à animação SURPRESA de Paulo Patrício.
Também pelo segundo ano consecutivo, a realizadora Rosa Barba venceu a Competição Experimental, com o seu novo filme FROM SOURCE TO POEM. O Prémio Grupo Jorge Oculista foi atribuído “pela inteligência da sua proposta visual e sonora, a criação de uma constelação não-linear de imagens e sons do maior arquivo multimédia do mundo, onde a presença de texto e tipografia aparecem em constante transformação, refletindo os interesses da artista relativos à permanente perda de informação essencial”. Ainda na Competição Experimental, foi atribuída uma Menção Honrosa a Lois Patiño pelo filme FAJR.
No Curtinhas, secção para os mais novos onde o júri é composto por crianças, o Prémio Curtinhas MAR Shopping foi entregue a REVOLTING RHYMES, PART ONE de Jakob Schuh e Jan Lachauer. Nesta competição foram ainda distinguidos com menções honrosas os filmes JUBILEE de Coralie Soudet, Charlotte Piogé, Marion Duvert, Marion El Kadiri e Agathe Marmion; LOST IN SPRING de Fred Leao Prado Wall e MINDENKI, de Kristof Deak.
João Nicolau venceu a Competição de Vídeos Musicais com OLD HABITS de Minta & The Brook Trout.
Na Competição Take One!, dedicada a filmes de escola, foram entregues à curta-metragem DE GENTE SE FEZ HISTÓRIA, de Inês Pinto Vila Cova, o Prémio IPDJ, o Prémio Smiling, o Prémio Agência da Curta Metragem e o Prémio Restart. Ricardo Pinto de Magalhães venceu o Prémio Kino Sound Studio para Melhor Realizador pelo filme de escola DELPHINE APRISIONADA.
O 25º Curtas Vila do Conde – Festival Internacional de Cinema tem o apoio da Câmara Municipal de Vila do Conde, do Ministério da Cultura, do Instituto do Cinema e Audiovisual, do programa MEDIA/Europa Criativa e de vários parceiros imprescindíveis à realização do festival, incluindo a Acción Cultural Española (AC/E) que apoia a forte presença de Espanha no Curtas Vila do Conde.
Desde já aguardamos a 26ª edição do Festival. Até lá poderemos ver os filmes premiados na 25ª edição, em diferentes cidades do país, através das extensões do festival.