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Obra-prima de Hugo Carvana é revisitada pelos seus realizadores

Obra-prima de Hugo Carvana é revisitada pelos seus realizadores

by Gonçalo Sousa

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O filme “Vai Trabalhar, Vagabundo”, de 1973, é considerado um marco do renascimento da comédia no cinema brasileiro. Produzido no Rio de Janeiro, a longa-metragem também marcou a carreira de Hugo Carvana: além de ter sido ator protagonista, ele estreava como diretor de cinema.

O filme é um manifesto, debochado e de alma carioca, contra a falsa moral e os bons costumes pregados nos anos de chumbo da ditadura militar brasileira.

Quatro décadas depois, “Vai Trabalhar, Vagabundo” é revisto e comentado por Carvana e outros realizadores do filme no documentário de média-metragem “Éramos Todos Loucos”, a ser exibido no Curta!.

Os depoentes integraram a geração do “desbunde”, um movimento de contracultura — formado por artistas, jornalistas e demais intelectuais — que se utilizava da ironia e do escracho para, de alguma forma, enfrentar o autoritarismo vigente.

Em “Vai Trabalhar, Vagabundo”, Carvana vive o personagem Secundino Meireles, o Dino, típico malandro que vive de apostas e pequenos trambiques. Imagine se na altura já existissem casas de apostas online como seria a vida do protagonista!

 “Um personagem adorável (…), rebelde, louco, moleque. E que, ao sair da cadeia, olha pro sol e fala: — Bom dia, professor!”, relembra o ator e diretor, falecido em 2014, durante o documentário.

Ao revisitar esse clássico do cinema brasileiro, “Éramos Todos Loucos” lembra a importância dos momentos de descontração em tempos sisudos, especialidade de Carvana, que agora é levada adiante por seus filhos Pedro e Rita Carvana, diretores do documentário.

Sinopse do documentário “Éramos Todos Loucos”

Os realizadores da comédia “Vai Trabalhar, Vagabundo”, de 1973, reveem e comentam, 40 anos depois, o filme-manifesto mais oblíquo, suingado e debochado dentre vários que aquela geração produziu contra a falsa moral e bons costumes do autoritarismo vigente.

 

Vai trabalhar, vagabundo” criou para os censores da época uma dificuldade ao se verem diante de uma expressão da alma carioca, encarnada no genial personagem Secundino Meireles, o Dino, eternizado na interpretação de Hugo Carvana.

O ator, formado na chanchada, dirigiu um filme emblemático, que representou o renascimento da comédia carioca, como seus amigos contam nos depoimentos gravados para este documentário, realizado pelos filhos de Carvana.

Diretor: Pedro Carvana e Rita Carvana.

Duração: 49min

Classificação: 14 anos

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