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24 Hour Party People: uma viagem às raízes da música punk

24 Hour Party People

24 Hour Party People: uma viagem às raízes da música punk

by Eduardo Aranha

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Está à procura de um filme que junta música rock, drama e comédia? No nosso blog já falamos de alguns filmes musicais, mas desta vez decidimos trazer um que, apesar de ser menos conhecido, promete entreter também a audiência aí em casa. Além disso, é um filme inspirado em factos verídicos e que acompanha bandas bem conhecidas no panorama internacional.

Estamos a falar de uma longa-metragem lançada em 2002. Com o título 24 Hour Party People, este filme do realizador Michael Winterbottom conta a história de Tony Wilson – interpretado por Steve Coogan -, um repórter de notícias que, apesar de trabalhar numa estação de televisão local, se sente completamente frustrado com a sua carreira e vê passar à sua frente os seus sonhos.

Um dia, inspirado por um concerto de uma banda desconhecida que se dá pelo nome de Sex Pistols, Tony Wilson tem uma espécie de epifania. Na televisão onde trabalha procura de imediato autorização para transmitirem os espetáculos desta banda. É desta forma que, num abrir e piscar de olhos, se vê procurado por inúmeros grupos punk da região de Manchester, no Reino Unido, que o querem contratar como manager.

É assim que nasce a Factory Records e o clube The Hacienda. Tony Wilson, ao lado de amigos e das bandas que o procuram, lidera uma revolução musical. O filme 24 Hour Party People, inspirado em factos verídicos passados entre 1979 e 1992, conta-nos a história de algumas bandas bem conhecidas no panorama internacional, como é o caso dos Joy Division, os New Order e os The Happy Mondays.

 

 

O que torna 24 Hour Party People especialmente divertido é o facto de ser narrado na primeira pessoa. Tony Wilson dirige-se à audiência como se estivesse a contar uma história no café. A um passo rápido e pouco convencional, dirige a audiência para aquilo que está a ver, prestando explicações sempre que são necessárias. E não julgue que as explicações são desnecessárias, porque não são: às vezes é um pouco difícil perceber o que está a acontecer.

 

A comédia manifesta-se sobre o mais variado tipo de formas: com frenéticas festas onde há cenas de sexo, drogas e música new wave. Embora seja um filme sobre a ascensão e queda de um império, o tratamento que o material visual recebeu é provocador e atrevido, proporcionando assim um relato hilariante de um dos momentos importantes do mundo da música.

Michael Winterbottom: o realizador de 24 Hour Party People

Michael Winterbottom, o realizador de 24 Hour Party People, começou a sua carreira com um na televisão britânica. Só mais tarde, ao ganhar um interesse pelo grande ecrã, é que se lança na realização de filmes

Entre a sua cinematografia com mais de 20 filmes encontram-se vários títulos que foram nomeados no Festival de Cinema de Cannes, entre os quais o próprio 24 Hour Party People.

O seu último trabalho, que tem como título The Emperor’s New Clothes, foi lançado em 2015 e é um documentário sobre a crescente disparidade económica entre as diferentes classes. O filme contou com a participação do ator e ativista Russel Brand.

 

 

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