Asas: o primeiro melhor filme, segundo a Academia
O dia 17 de maio de 1929 foi histórico para o mundo do cinema. Algures num hotel em Hollywood, Califórnia (EUA), um pequeno evento que não terá demorado mais do que 15 minutos (e que contou com a presença de cerca de 250 pessoas) homenageou alguns dos melhores filmes do cinema, atribuindo prémios conforme a categoria em que cada filme melhor se destacava. Tratava-se da cerimónia que hoje conhecemos como Óscares.
Ao contrário do que estamos habituados, os prémios não eram anunciados na cerimónia mas sim através da imprensa e com vários meses de antecedência. Terá sido assim que o filme Wings (ou Asas em português) se consagrou com o prémio de Melhor Produção de Qualidade Artística, categoria que no ano seguinte foi oficialmente nomeada de Melhor Filme. O filme, com mais de 2 horas e meia, foi a única película muda a ganhar o Óscar de Melhor Filme.
Asas segue a história de dois pilotos de aviões militares, durante a I Guerra Mundial, que disputam o coração de uma rapariga, Sylvia Lewis. O enredo explora a relação de inimizade entre os dois pilotos e retrata o drama da guerra, culminando com o momento em que os dois rivais se tornam amigos. Tal momento é ainda hoje recordado, uma vez que desta dinâmica resultou o “primeiro beijo entre homens” da história do cinema: um simples beijo no rosto mas que não deixou de ser muito polémico.
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Apesar de estarmos habituados a filmes sobre guerra em 1927 (menos de dez anos depois do primeiro grande conflito mundial) havia ainda poucos conteúdos sobre este período negro da história. Mas Asas não levou para casa mais do que o Óscar equivalente ao de melhor filme. O prémio de Melhor Engenharia, que é equivalente à categoria de efeitos especiais da actualidade, foi também atribuído ao filme histórico realizado por William A. Wellman.