Tim Burton leva Alice de novo ao País das Maravilhas
Tim Burton já provou o seu talento e a sua visão sombria ao longo de trabalhos como Eduardo Mãos de Tesoura, O Estranho Mundo de Jack e Sweeney Todd. No entanto, nunca ninguém pensou que se virasse para os clássicos da Disney para criar novas histórias, sempre com o seu toque dark a traduzir-se em belíssimos resultados.
Alice no País das Maravilhas, o filme de animação que a Disney lançou em 1951, e que adapta para o grande ecrã a história do livro de Lewis Carroll, mereceu a atenção do realizador norte-americano. O mundo bizarro e estranho, repleto de maravilhas e fenómenos que só existem em sonhos (e pesadelos), começou a ser desconstruído pela mente de Burton.
E se fosse feito um filme onde uma Alice, agora crescida, regressa ao País das Maravilhas? Onde as personagens deixam de ser desenhos animados e passam a vestir a pele de atores conhecidos? Onde o Chapeleiro Maluco é Johnny Depp, a Rainha de Copas é Helen Bonham Carter e Alice a talentosa Mia Wasikowska?
Foi esta a proposta de Burton e a Disney gostou. Em 2010, o filme Alice no País das Maravilhas chega assim aos cinemas e não tarda nada está a ser aplaudido por alguns fãs. Entretanto, houve também quem não gostasse.
Alice está de regresso para salvar o País das Maravilhas
Como disse acima, não espere encontrar neste filme um remake do filme de animação de 1951. Trata-se mais de uma sequela. Alice tem 19 anos de idade, está em Londres e vê-se de súbito confrontada com um dos seus maiores desafios: um homem por quem não sente a mínima simpatia, ajoelha-se e faz a temida pergunta ‘Queres casar comigo?’ em frente a dezenas de convidados numa festa.
Ao fugir pelos jardins, encontra a toca do coelho branco, algo que lhe era estranhamente familiar. Curiosa como sempre, espreita e cai, sendo de imediato atirada para o País das Maravilhas, onde já tinha estado quando tinha 7 anos.
Velhos amigos, como o Coelho Branco, os gémeos Tweedledee e Tweedledum e as flores falantes estão à sua espera e cruzam-se com ela pelo caminho. Mais tarde, também o Chapeleiro Louco a encontra, ainda sentado à mesa entre bules e chávenas de chá, acompanhado pela lebre e pelo rato cego.
É aqui que Alice a fica saber do que se passa: uma profecia diz que ‘a verdadeira Alice’ vai matar um terrível monstro da Rainha Vermelha, devolvendo assim o trono à Rainha Branca. A partir daqui, Alice é atirada para uma aventura que a leva a viajar pelo País das Maravilhas e que culmina, no final, com um duelo há muito antecipado.
Em 2012, foi então anunciado que estava a ser preparada uma sequela que contaria de novo com a participação dos mesmos atores do primeiro filme, assim como de novos nomes, como Ed Speelers, Rhys Ifans e Sacha Baron Cohen. Chamar-se-á Alice no País das Maravilhas: Através do Espelho.